terça-feira, 4 de outubro de 2011

Condomínio adota geração eólica e solar...

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Condomínio adota geração eólica e solar
Valor Econômico, Chico Santos, 25/ago
Lima, diretor da Ecoglobal, explica que o projeto não visa autonomia
energética, mas economia com a conta de luz
Um condomínio residencial com oito prédios e 512 apartamentos cujas
partes comuns são abastecidas com energia de origem eólica, o
estacionamento é equipado com tomadas para carregar carros elétricos e
a água para uso sanitário (descargas domésticas) vem de captação
pluvial.
É o que promete entregar em 2016 a construtora carioca Calper, a
partir de um projeto desenvolvido em conjunto com a Ecoglobal,
responsável pelo projeto de sustentabilidade, e a Cintrax, que está
começando a produzir no país um tipo de aerogerador de uso doméstico
que se adapta ao propósito da construtora. Ao menos no Rio de Janeiro,
eles garantem que é o primeiro projeto com tamanho grau de
sustentabilidade.
O engenheiro Davidson Meira Jr., da Calper, um dos responsáveis pelo
projeto, explica que cada edifício do condomínio será equipado com um
aerogerador de 1.000 a 1.600 watts/hora e com uma bateria de placas de
captação solar com a mesma capacidade. O objetivo é que haja sempre a
disponibilidade de alguma energia de origem limpa para uso nas partes
comuns, como portaria, corredores e até para alimentar a máquina do
exaustor central do edifício, explica o engenheiro José Luiz Bastos,
da Cintrax.
Como a produção será limitada, o sistema de geração própria será
conectado a uma rede que, de forma automática, passa a utilizar
energia da Light sempre que a demanda for superior à geração
alternativa. Bastos explica que a energia produzida será convertida
diretamente para consumo residencial, sem necessidade de subestações,
graças a um aparelho chamado inversor de conexão à rede.
Conectada em um ponto após o relógio que marca o gasto de energia
vinda de fonte externa, o sistema de geração própria poderá trazer uma
economia de até 50% na conta de luz condominial, estima Bastos. Meira,
da Calper, estima em até 20% a economia no custo condominial para o
condomínio que será construído no Recreio dos Bandeirantes (zona oeste
do Rio).
Meira explica que o projeto de geração de energia elétrica própria vai
custar cerca de R$ 400 mil, com impacto de apenas R$ 800 no custo de
cada apartamento. Com isso, a construtora pode vender as unidades, de
dois e três dormitórios, a preços que não diferem das construções
convencionais.
O ambientalista Walter Lima, diretor da Ecoglobal, disse que do ponto
de vista energético o projeto não visa a autonomia, mas economia de
energia, incluindo o uso de lâmpadas de LED (mais econômicas) e de
motores mais econômicos nos equipamentos, como aparelhos de ar
condicionado.
Sobre as tomadas para carros elétricos, Lima disse que elas serão
baseadas nas especificações de recarga utilizadas por um carro que a
montadora Nissan já está trazendo para o Brasil e que é utilizada
também por outras montadoras, como a GM. O acesso à tomada será feito
com o cartão de acesso do morador ao condomínio, de modo que o custo
da recarga será debitado da cota condominial.
O ambientalista disse também que o uso de água pluvial para as
descargas domésticas é inédito no Brasil e que a água da chuva será
utilizadas também para regar plantas e para outras atividades de uso
geral do condomínio, como lavagem de dependências, de veículos, etc.
Será usado um sistema de microdrenagem do solo, de tal modo que a
captação continua mesmo após a chuva.
Bastos, especializado em eletrônica, disse que até agora a Cintrax só
forneceu poucos aerogeradores: para uma fazenda em Santa Catarina,
para uma casa em Belo Horizonte, um prédio em Salvador e para o
condomínio Via Barra, na Barra da Tijuca (zona oeste do Rio). Como a
demanda é pequena, ele terceiriza a fabricação, mas o plano é montar
uma fábrica própria.
Bastos avalia que a fábrica vai se viabilizar quando for votado no
Congresso Nacional o projeto 630/2003, regulamentando a microprodução
privada de energia elétrica. Com a nova lei, segundo ele, será
possível produzir energia em casa e vender o eventual excedente para a
distribuidora.
Empreendimentos verdes orientam opção de compra
Valor Econômico, Salete Silva, 25/ago
Equipamentos, produtos e serviços para racionalizar o uso de água, até
há pouco tempo exclusividade de prédios com certificações Green
Building, começam a ser incluídos em projetos de construção e gestão
de empreendimentos comerciais e empresariais. Além de preservar
recursos naturais, a tendência significa menor custo e maior
competitividade para empresas que chegam a reduzir o consumo de água
em até 50% em algumas iniciativas.
"A comparação para definir compra ou locação de imóvel é feita a
partir da característica verde do empreendimento", diz Paulo Costa,
diretor comercial da H2C, do Grupo Lemos da Costa, especializada em
programas de racionalização de uso de água. Imóveis com menor custo de
manutenção, explica, se tornam mais atraentes ao mercado. Esse
movimento verde impulsionou o desenvolvimento de novas tecnologias. Os
produtos ganharam eficiência, designs modernos e funções inovadoras.
Metade das despesas com água nos condomínios, segundo ele, é
proveniente das bacias sanitárias. Nos imóveis com mictórios os gastos
chegam a representar 60% do total. A demanda por equipamentos mais
econômicos, relata Costa, levou os fabricantes de louças e metais
sanitários a realizar melhorias nos últimos oito anos.
As bacias que gastavam entre 12 litros e 15 litros de água perderam
espaço para os sanitários com caixa acoplada, sistema duplo de
acionamento e consumo de seis litros para o envio de dejetos sólidos à
rede de esgoto e três litros para os dejetos líquidos. Começam chegar
ao mercado equipamentos importados com caixa acoplada que gastam 4,5
litros para sólidos e 2,5 litros para líquidos.
Outra vilã do consumo de água nos empreendimentos empresariais é a
cozinha, por onde saem 14% da água consumida num edifício. Com
arejadores ou restritores de vazão, para limitar o consumo de água em
4,5 litros por minuto em média, é possível alcançar economia de até
67% em relação aos produtos tradicionais. Nos casos em que essas
alternativas não são viáveis, ações de retrofiting substituem
torneiras ou misturadores convencionais pelos automáticos ou
eletrônicos.
A indústria desenvolveu tecnologias também para reduzir o consumo de
água na limpeza. Há rodos para substituir vassouras e mangueiras que
permitem economia de até 95% em relação ao método tradicional.
Restaurantes, hotéis e supermercados passaram a utilizar produtos de
limpeza com ação prolongada, que eliminam o uso da água. "Esses
produtos tornam o serviço mais ágil e ajudam a economizar tempo porque
dispensa o enxágue", diz Nilton Rezende, diretor da Ecolab Química do
Brasil, fabricante de um produto à base de enzima para limpeza a seco.
Além disso, alguns edifícios utilizam na construção vidros
autolimpantes, que dispensam a limpeza constante e o uso de
detergente.
Essas tecnologias são mais caras que as tradicionais, mas o retorno do
investimento é rápido. Torneiras automáticas e eletrônicas até 75%
mais econômicas e vasos sanitários com menor gasto de água custam em
média 40% mais, mas o retorno pode vir em até um mês, segundo o
gerente técnico do Green Building Council Brasil, Marcos Casado.
Outra solução simples e de baixo custo são os sistemas de captação e
de reúso de água. Os projetos podem custar de R$ 5 mil a R$ 50 mil,
Casado calcula, e o capital investido tem retorno estimado no máximo
em um ano. A água da chuva pode ser armazenada numa cisterna no térreo
ou subsolo do edifício e utilizada para lavagem de pisos, irrigação de
jardim.
É crescente o número de empresas especializadas nesses serviços, em
especial na captação da água de chuvas, informa Carlos Alberto Borges,
vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Secovi-SP (Sindicato da
Habitação). O mercado, ele observa, está atento ainda às demandas
provenientes de legislações municipais, entre as quais a captação de
água e a individualização das contas. Há empresas que já oferecem
serviços e produtos diferenciados, como os hidrômetros com rádio
frequência, para maior eficiência e precisão na aferição dos gastos
individuais.
O movimento verde em edifícios comerciais está em expansão por todo
país. Até empreendimentos em regiões com água farta, como Manaus,
contam com equipamentos mais econômicos. Esse é o caso do Manauara
Shopping, onde foram instalados sanitários a vácuo. Nesses casos é
preciso estar atento ao suprimento. "Tivemos de manter um estoque em
Manaus porque o transporte fluvial é mais complicado", explica
Elizabeth Morita, gerente de meio ambiente da Sonae Sierra Brasil.
Mesmo para empresas como a Tishman Speyer, uma das maiores
desenvolvedoras de edifícios de alto padrão do mundo e com
certificações Green Building em seus empreendimentos, pequenas
soluções fazem a diferença. Além das torneiras com fechamento
automatizado e bacias sanitárias com vazão dupla, a empresa adota o
uso da água condensada do ar condicionado, que somada à água captada
das chuvas, é utilizada na irrigação de jardins e paisagismo.
O uso da água condensada representa uma economia de 40% no consumo
total dos edifícios da Tishman, já que o ar condicionado é a principal
fonte de gasto dos condomínios com esses equipamentos. "São medidas
simples, de baixo custo que podem ser adotadas em qualquer
empreendimento e que requerem, no caso da captação, apenas cuidados no
tratamento e correção de PH para proteção da rede de tubulação",
ensina Daniel Cherman, presidente da Tishman Speyer no Brasil.
O executivo faz, no entanto, uma ressalva: medidas de sustentabilidade
devem ser sinônimo de preservação ambiental e não de redução de
custos.
--
Carlos Rocha
Fortaleza/CE -BR
--

Clube dos Engenheiros Civis
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2 comentários:

  1. Tá aí; uma iniciativa que pode dar muito certo.
    Se todos ajudarem, cada qual com seu pequeno esforço, com sua atitude particular, somadas a atitudes como esta, será verdadeiramente uma revolução ecológica.


    Paulo Pena 2º EDI A

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  2. Como profissionais da área temos que não só apoiar como também lutar por essa causa!

    Clayton Coelho nº08 2º edi A

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